SaaS Updates #32
Follow-on na Uncover, investimento na Arqgen e ainda mais notícias do portfólio
Em rodada de R$ 12,5 milhões, reforçamos nossa tese de investimento na Uncover, martech de performance
Na última semana, anunciamos mais um investimento na Uncover, martech que já figurava entre as investidas do Seed 2, nosso segundo fundo. Desta vez, lideramos uma rodada no valor total de R$ 12,5 milhões, que contou também com a participação de Luiz Felipe Barros, diretor global de marketing da Channel Factory, empresa de publicidade americana focada em vídeos para mídias sociais. Com o novo aporte, alcançamos a marca de R$ 18 milhões investidos na startup, a maior exposição de nosso portfólio.
A Uncover possui uma plataforma de marketing mix modeling, capaz de medir o retorno dos investimentos em mídia das empresas, tanto online quanto offline. Com recursos de data science, a ferramenta analisa o histórico de investimentos realizados em publicidade e marketing pelas companhias, comparando-os com o desempenho em vendas.
O movimento é reflexo de nossa convicção na qualidade dos empreendedores e na relevância e excelência do produto – combinação que levou a empresa a liderar a transformação acelerada no entendimento de como os resultados de mídia são medidos e podem ser otimizados. Com parceiros como TikTok, Globo e Google, a Uncover tem em sua base de clientes 30 dos 100 maiores anunciantes do Brasil. Entre os principais, marcas como Alpargatas, Bradesco, Santander, Vivo, Unilever e Casas Bahia.
O investimento foi divulgado em primeira mão pelo Neofeed e repercutiu também em veículos como Startupi, Pequenas Empresas & Grandes Negócios (PEGN) e Latam List.
Construtech Arqgen recebe R$ 10 milhões para expandir IA generativa da arquitetura
Recentemente, a Arqgen, startup de inteligência artificial generativa do nosso portfólio que atua nos segmentos de arquitetura e construção, anunciou o recebimento de R$ 10 milhões a título de subvenção econômica da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Como investidores da empresa e testemunhas do caminho que ela tem trilhado, podemos dizer que os recursos públicos chegam como uma chancela pelo seu pioneirismo e pelo potencial disruptivo em seu campo de atuação.
Com os recursos, a startup deve investir, principalmente, em produto, no desenvolvimento de uma pesquisa para a aplicação de grandes modelos de linguagem (LLMs) para o português brasileiro, adaptados ao contexto da arquitetura e urbanismo. O projeto será realizado em parceria com as universidades estaduais paulistas USP e Unicamp.
O anúncio foi destaque no Metro Quadrado, veículo recém lançado pelo Brazil Journal, com foco direcionado para o mercado imobiliário. Em entrevista, o cofundador Thomas Takeuchi destacou como o produto vem sendo utilizado por grandes empresas do segmento, tornando a rotina de projetistas muito mais eficiente.
“A plataforma é capaz de entender as modificações e criar novas premissas de produtos. Ela consegue gerar modelos de apartamentos, por exemplo, e simular várias propostas em poucos minutos", pontuou.
Além do registro pelo Metro Quadrado, o anúncio também foi divulgado pela Bloomberg Línea e pela PEGN.
Dominando a arte de vendas: guia prático para vendedores e gestores comerciais
Em seu canal no Youtube, Felipe Coelho, partner da ABSeed, tem criado conteúdos voltados a vendedores e gestores comerciais de empresas SaaS B2B. São vídeos breves, mas nem por isso superficiais, e que tratam de desafios comuns do cotidiano desses profissionais, apresentando a eles dicas pragmáticas, baseadas nas melhores práticas da indústria.
Os vídeos enfatizam a importância da preparação e da intencionalidade em diversas situações, desde entrevistas de emprego até a gestão de equipes comerciais. O que é preciso para gerir bem um time de vendas? O que faz de um vendedor um case imbatível: sua oratória ou sua capacidade de ouvir ativamente seus interlocutores? Qual o poder da consistência na prática de um vendedor? Estas são apenas algumas das perguntas respondidas por Coelho em seus vídeos mais recentes.
Fica a dica para quem quiser se aprofundar em conteúdos relacionados a vendas consultivas, go-to-market e o crescimento de empresas SaaS.
Notícias do portfólio:
Cashu >> Uma matéria publicada pela Folha de S. Paulo apontou que fintechs como a Cashu têm atendido a uma demanda do mercado, normalmente deixada de lado pelos grandes bancos: a de oferta de crédito a PMEs. A reportagem destacou o sistema da startup, que, na avaliação do crédito, faz uso de inteligência artificial para a análise de 1.500 informações diferentes sobre um negócio, buscando aferir com maior precisão sua capacidade de pagamento no futuro.
Swap >> Em entrevista ao Vida de Startup, videocast do Neofeed que trata dos desafios encarados por fundadores ao longo de suas jornadas, Doug Storf, CEO da fintech, falou das dificuldades que enfrentou para escalar a empresa. Em 2023, a startup atingiu seu breakeven e hoje conta com uma carteira de mais de 70 clientes, entre os quais Sólides, Swile e Onfly.
Uncover >> Dias antes de anunciarmos o follow-on, uma entrevista com Daniel Guinezi, fundador e co-CEO da martech, foi publicada pela Exame. O veículo destacou o crescimento da startup ao longo do último ano, de 600% entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, e mencionou ainda a expansão de sua operação no exterior. Isso porque, atualmente, a startup já atende clientes nos EUA, México e Colômbia.
Referência técnica:
The Complete Guide to SaaS Pricing Strategy >> Em um artigo publicado em seu LinkedIn, Tomasz Tunguz, fundador da Theory Ventures, discute, de forma aprofundada, as principais estratégias de precificação para empresas de SaaS. Para o autor, as startups devem adotar uma abordagem ofensiva, utilizando o preço para comunicar o valor do produto e reforçar seu posicionamento no mercado. Tunguz destaca três estratégias principais: a de maximização da receita, a de penetração no mercado e de skimming de preços. A escolha da estratégia ideal depende de diversos fatores, como a base para precificação (valor, custo ou concorrência), o posicionamento desejado, o tamanho do mercado, a estrutura da equipe de vendas, a duração do contrato e a margem de lucro dos clientes.
Os modelos de precificação variam, sendo os mais comuns o usage-based pricing (UBP), determinado pelo consumo, e o seat-based pricing (SBP), definido pelo número de licenças contratadas, cada um com suas vantagens e desvantagens. Se por um lado a precificação baseada em uso ganha destaque por alinhar o sucesso do fornecedor com o do cliente, seus ciclos de vendas costumam ser significativamente maiores em relação ao de softwares que cobram por usuário. Tunguz chama a atenção ainda para o fato de que a precificação deve ser um processo contínuo, que exige dos fundadores de empresas SaaS avaliações e ajustes periódicos para a garantia de que essas estratégias estejam alinhadas com as evoluções de produto e posicionamento dessas startups.